Mais importação de gasolina
A alta no consumo de gasolina, estimulada pelas férias escolares e festas de fim de ano, fez com que as importações do produto atingissem pico de 100 mil barris/dia. A informação é do diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que apontou ainda a redução da oferta de etanol e aumento do poder aquisitivo da população como fatores que pressionam a demanda do derivado.
Em 2010, a média de importações de gasolina ficou em 9 mil b/d e a expectativa da Petrobras é terminar este ano com média de encomendas do derivado entre 45 mil b/d e 47 mil b/d. A projeção para 2012 é de elevação no montante adquirido no mercado externo, pois a petroleira espera aumento na demanda e, por outro lado, atingiu seu limite de produção interna. Esse cenário deverá permanecer até 2013, quando a Rnest entra em operação e a safra de etanol deverá apresentar alta significativa.
A Petrobras vê um mercado de gasolina ainda mais aquecido que o calculado pelo Sindicom. Segundo a petroleira, o consumo de gasolina em 2011 contabilizado de janeiro a novembro teve alta de 23,2% frente ao registrado no ano passado. O mercado nacional deverá fechar o ano com demanda média de 432 mil barris/dia do derivado.
Diesel
O consumo de diesel cresceu 9,3% até o final de novembro ante 2010 elevando o patamar de demanda interna para 862 mil b/d. Desse total, 176 mil b/d são comprados no mercado externo. Em 2010, o consumo ficou em 778 mil b/d com importações de 148 mil b/d.
“De 2009 para cá, tivemos um incremento de 30 a 40 milhões de brasileiros subindo de classe social. Com o aumento da venda de produtos, há uma ligação direta com transporte que é puro diesel no Brasil”, afirmou Costa, que também ligou a alta do consumo do derivado ao aumento na safra agrícola.
O QAV somou alta de 11,4% neste ano, ajudando a elevar o aumento do consumo de derivados líquidos no país que ficou em 8%, frente ao ano passado. A projeção do executivo é que o aumento na demanda de derivados fique acima do PIB na próxima década, efeito que ocorre desde 2010. “Até 2009 sempre o PIB crescia mais que a média de crescimento de derivados. Em 2010 mudou, é bem possível que essa década toda a gente tenha sempre crescimento de derivado maior que o PIB”, afirmou. |